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CRÔNICA DE UMA BALADA CRINGE

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Tudo bem por aí? Minha turma de ginásio resolveu fazer um encontro... Para você, querido leitor, que nasceu no já longínquo ano 2000, ginásio era o período da escola conhecido atualmente como Ensino Fundamental 2.  Nós, rapazes e moças chegando à casa dos 60 anos, concluímos o curso na hoje UME Lourdes Ortiz, em Santos, em meados do século passado(exagero deste escriba, foi em 1979...). Por conta das novas tecnologias, alguns conseguiram montar um grupo de Zap e, hoje, 60 dos 83 formandos estão de alguma forma novamente conectados. Nosso grupo parece um recreio de aula, com todo mundo relembrando casos, fotos, professores (e há professores no grupo!!!) Como eu disse, saímos da escola em 1979, o que quer dizer que a maioria, eu aí incluído, começou a frequentar os bancos do Lourdes em 72. Nessa época, as meninas usavam saias de pregas, os meninos calças curtas. Nossos pais compravam o material escolar no posto do MEC, atrás da Prefeitura. Alguns iam para a escola em "peruas",

Causos da carreira: a vaca nadadora.

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E aí, pessoal, tudo bem? A história de hoje é curta, mas curiosa. É do tempo que eu comandava a EEAR. Para melhor entendimento, vocês precisam saber que o Comandante ocupa um imóvel funcional dentro da própria Escola, que por sua vez é cercada por uma extensa área rural. A casa possui uma pequena piscina, em forma de vírgula, com uma escada imersa na ponta. Feita a introdução, vou tentar narrar uma conversa de telefone. Era fim de tarde, numa época do ano em que Guará fica muito seca, sem chuva por vários meses. Estava saindo do meu gabinete, que ficava a cinco minutos a pé de casa. Toca o telefone... Minha linda editora: "Amor, você já está vindo?" Eu: "Estou saindo do gabinete. Resolvendo um último pepino. Já, já estou aí..." Minha linda editora: "Sabe o que que é. Tem um bando de vacas em volta da piscina. Estou preocupada..." Eu: "Fica tranquila, estou chegando..." Preparei para entrar no carro. Minha linda editora: " Vem logo... NÃO...

Causos da carreira: o dia em que a juíza viajou de kombi.

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E aí pessoal, tudo bem? Estou às voltas com uma reforma no apartamento, por isso o afastamento, mas prometo aparecer com mais frequência. O causo de hoje rendeu boas risadas, mesmo depois de longo tempo. Estávamos em 2011 ou 2012, não vou recordar exatamente. Nessa época, eu comandava o Corpo de Alunos da Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá(uma visita imperdível, para quem se interessar). Durante o ano letivo, procurávamos sempre enriquecer o currículo dos cursos com palestras específicas, proferidas por personalidades de destaque em cada área. Uma dessas apresentações versava sobre transgressões disciplinares, crimes militares, o processo penal militar e suas implicações na carreira dos militares graduados que entregávamos para a Força Aérea a cada seis meses. Contávamos sempre com bons amigos que nos auxiliavam na missão. Neste caso, a Escola recebia a visita periódica da Dra. Eli Ribeiro de Brito, juíza titular, à época, de uma Vara Federal em Juiz de Fora.  Fon

Causos da carreira: um domingo na churrascaria

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Tudo bem, pessoal? Outro dia eu estava em uma reunião de amigos e, no meio da conversa, lembrei de uma estória engraçada, dessas que acontecem sem lugar ou hora definidos, mas que rendem boas risadas. Daí veio a ideia de abrir um espaço aqui no blog para contar alguns "causos", engraçados ou não, que ilustraram meus 38 anos na ativa da FAB. Vamos lá então...   Não lembro a época. Um domingo. Estava fazendo um circuito de navegação pelo Sul. Eu era o comandante da aeronave, acompanhado de outro piloto e dois tripulantes. Chegamos ao destino no início da tarde e só voltaríamos a voar no dia seguinte. Resolvemos sair para almoçar... Aqui vale explicar que, no geral, eu fui adquirindo alguns costumes com o tempo, muitos deles relacionados com o que comer em viagem. Logo, sempre que ia para Manaus ou Belém, costela de tambaqui; Salvador, moqueca de siri mole; Natal ou Recife, carne de sol e por aí vai. No Sul, churrasco, é claro... Decidido o cardápio, saímos os quatro, vestidos a

Céu de brigadeiro? Sei...

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  Dia desses em Santos! Boa tarde, pessoal! Vocês já devem ter ouvido a expressão aí do título, ou talvez "mar de almirante". Geralmente, elas estão relacionadas àquele céu azul de dar gosto ou àquele mar de calmaria, talvez ruim para os veleiros, mas ótimo para as modernas embarcações. Pois é! Já que eu não consigo ficar quieto, sempre achei essa expressão, senão injusta, um pouco fora da realidade. Acontece que brigadeiros e almirantes têm, em sua rotina, que tomar decisões muitas vezes tensas, que impactam diretamente na vida de subordinados e suas famílias. Estou considerando aqui apenas tempos de paz (guerras ou conflitos nem podem ser analisados dessa maneira). Normalmente, os dias mais se parecem com essa foto aí em cima, tirada da janela do meu quarto na semana passada, esse sim, para mim, um céu de brigadeiro... Vou contar dois casos, que ocorreram durante meu último cargo de Comandante, na Escola de Especialistas de  Aeronáutica, em Guaratinguetá. Nos dois, uma cois

Tô na live! E agora?

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Boa tarde, pessoal! Como a maioria de vocês sabe, participei, no último sábado, de uma live com a Anna Costa, da Mentoria em Vinhos. (vou colocar o link no final do post, para aqueles que ainda não viram...) Para situá-los, a Mentoria em Vinhos é uma criação conjunta da produtora de conteúdo @vinhotododia, da Anna e do seu marido Emerson Tomate, e do Sommelier Gianni Tartari, bicampeão brasileiro. Faço parte da primeira turma do curso, que ainda está em andamento, com degustações virtuais que têm sido um sucesso. A coisa prosperou tanto que nós alunos criamos uma Confraria, a Monsters of Wine, que vem crescendo a cada dia. Pronto, situados estão... Aceitei o convite para participar da live porque poderia contar histórias interessantes da minha relação com o vinho. Apesar de ter bastante experiência sobre falar em público, confesso que bateu um certo nervosismo no dia. Pela manhã, mandei uma mensagem perguntando se haveria algum processo especial para entrar(não, não há, bastou apenas

Animais de estimação ou "A história do coelhinho Toystory"

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Boa tarde! Dias atrás, estávamos eu e minha linda editora degustando um bom vinho após o jantar (nós quase nunca fazemos isso, como vocês sabem, né?) e eu me peguei rindo sozinho com a gata de estimação aqui de casa, a Leah. Foi quando tive o insight para este post. Minha saudosa mãe não era muito chegada e talvez por isso não tenho lembranças de animais de estimação em casa durante minha infância. Durante algum tempo, minha avó tinha um papagaio, a Rosa, que nunca falou, mas assoviava para qualquer um que pedisse. Tinha também um viveiro grande com canários, que alegravam o quintal, mas nada além disso. Puxei o assunto dos canários porque, quando meu filho mais velho nasceu, ganhei um canário belga de presente, o Tutuca, que foi sim o primeiro animal que eu tive para cuidar. Nessa época, morávamos aqui em Santos, em um apartamento com área de serviço pequena. O Tutuca quase não cantava. Em 99, quando mudamos pela primeira vez para Guaratinguetá, tudo mudou. Vivíamos em vila militar, c