Vinhos 1

Bom dia!

O post de hoje vai acabar virando série. Gosto muito de vinho. Minha linda editora também. Então,
este é um assunto que vez por outra vamos comentar. Por isso, o título numerado.

Hoje vou falar sobre como começou essa relação de amor. Tenho histórias divertidas e interessantes para compartilhar. Vamos lá?

Ainda criança, como neto mais velho, passei a ser o responsável por servir o vinho da minha avó Angela. Técnica apurada, Passava o garrafão por trás do ombro e derramava o precioso Sangue de Boi na taça (primeira curiosidade: segundo meu irmão Marcos, que visitou a vinícola, o Sangue de Boi ainda é o vinho mais vendido da Aurora). Com o mesmo vinho, minha vó preparava refresco para a molecada: uma dose de vinho mais doses cavalares de água, açúcar e gelo e pronto, criançada feliz. Quem lembra dela sabe que minha avó era uma peça. Conseguia tirar brincadeiras de onde ninguém imaginava. Aos domingos, fazia festa para a distribuição dos guardanapos de papel. Contava até três e os netos gritavam o nome da marca (acho que era Guggy, procurei na internet e não achei, estou ficando velho).

Tempos depois, já adulto e casado, comecei a consumir vinho meio de "onda". Rótulos nacionais, baratos, sem muita ciência. Nessa época, não era muito fácil achar vinhos de qualidade.

Moli com sua neta Maria Maricota

Foi em 1999, quando cheguei pela primeira vez em Guaratinguetá, que o negócio ficou um pouco mais sério. Conheci aquele que seria um grande incentivador da minha entrada no planeta da uva, meu grande amigo Capitão Celso Molinari, que descobri depois ser primo de um companheiro de turma. Naquele ano, o Moli criou uma confraria, o Clube da Apreciadores de Vinho - CAV - e me convidou para participar da primeira reunião. Eram encontros mensais, onde degustávamos alguns rótulos e curtíamos uma pequena apresentação de cada um deles, feita pelo "presidente". Aprendi muito. Aprendi principalmente que um bom vinho é aquele que nos dá prazer de beber.

Ainda nessa época, lembro de uma missão em que acompanhávamos o então Comandante da Escola, "meu prezado" Brigadeiro Montgomeri, em uma visita à justiça de Fortaleza. Fui como piloto, voando ao lado do chefe da Divisão de Ensino, Coronel Tito, cearense de boa estirpe, que nos convidou para uma peixada na casa de sua mãe. O Molinari trouxe uma garrafa de Santa Helena Selleción del Directório, um vinho diferenciado. Diferenciado também foi o comentário deste "novinho": "Moli, este vinho me deixou emocionado..." Risada geral...

O CAV existe até hoje. Todos nós participantes estamos em oração pela recuperação do Molinari, que acabou de passar por uma cirurgia cardíaca. Força, Moli!

A partir daí, fomos aprimorando o paladar, conhecendo um pouco mais, degustando vinhos de várias partes do mundo. Como a Alessandra vem junto, o ato de tomar uma taça é sempre uma celebração. Hoje sou sócio de um clube de vinhos e recebo a cota mensal, que nunca é suficiente... kkk. Tenho planos de fazer um curso de sommelier, junto com minha sobrinha Juliana, estudante de gastronomia,

talvez no próximo ano.

Para o próximo post da série, prometo contar a história da rolha autografada e dar dicas (de um leigo) de como escolher um vinho para presentear alguém.

Brindemos!

Até o próximo...

EU ASSINO.

PS 1: O blog não é patrocinado. Os rótulos citados foram degustados por mim ou fizeram parte da minha vida e merecem a referência.

PS 2: Ativei o serviço de seguidores do blog, que chamei de Leitores Amigos. Se você me acompanha pelo celular, basta seguir até o final do post e acionar a visualização na web, como na primeira figura aí embaixo. Depois, siga até a direita da página e marque a aba SEGUIR, como na segunda figura. Se você me acompanha no PC, basta o segundo passo. Já tenho quatro malucos (um deles é a Alessandra, mas conta também). Abraço.